O vírus da hepatite A é um vírus
RNA (a sua informação genética é escrita em uma cadeia de RNA - a humana é
DNA, que é "traduzido" para o RNA ao ser "lido")
transmitido por via oro-fecal, isto é, alimentos e água contaminados. O período
de incubação (tempo para o aparecimento da doença) é de 2-6 semanas e o
tempo em que o vírus é encontrado no sangue é pequeno (5-7 dias). Portanto,
a transmissão parenteral (pelo sangue) é rara. Como uma infecção por via
orofecal, sua transmissão esta associada a condições socioeconômicas, é
mais comum em países pobres e pode ocorrer em epidemias.
A maioria dos pacientes não
apresenta quaisquer sintomas, particularmente as crianças, ou apresenta
sintomas incaracterísticos que se assemelham a um quadro gripal. Por esse
motivo, muitos adultos descobrem que já tiveram hepatite A através de exames
de sangue e nunca souberam. Quando se apresenta clinicamente, os sintomas mais
comuns são icterícia (pele e olhos amarelados), fadiga, falta de apetite, náuseas
e dores articulares e musculares, ocasionalmente com febre baixa e dor no fígado.
A hepatite A nunca se torna crônica
e raramente é fulminante (menos que 1%). A evolução mais comum e de recuperação completa em 3
semanas, mas pode em poucos casos apresentar surtos mais leves até 6 meses apos
a infecção.
O diagnostico da hepatite A é
feito pela detecção de anticorpos contra o vírus. Os anticorpos aparecem em
duas variedades, IgM e IgG, sendo que o primeiro aparece na infecção aguda e o
segundo apos a cura, permanecendo por toda a vida e protegendo contra novas infecções.
O tratamento é baseado em
medidas de suporte, sendo orientado repouso até melhora da icterícia.
Sugere-se ainda interromper o uso de medicações que possam prejudicar o fígado
(incluindo álcool) e dieta hipercalórica, pois o fígado é um dos responsáveis
por manter constante a taxa de açúcar no sangue e esta função pode estar
prejudicada. Devem ser tomados cuidados para evitar a transmissão entre os
familiares. Só é necessária internação em casos graves, idosos e naqueles
com outras doenças severas.
As medidas gerais para a prevenção
da hepatite A são higiênicas (lavar as mãos, usar água potável, lavar os
alimentos e rede de esgoto). No caso de exposição ao vírus, pode ser
utilizada a imunoglobulina A para prevenir o aparecimento da doença, sendo
eficaz em 85% dos casos se administrada em até 10-14 dias.
As vacinas com o vírus
inativado se mostraram seguras e eficazes, conferindo proteção de 94-100% após
2-3 doses, por 5 a 20 anos. Recomenda-se (apesar de não fazer parte do
calendário vacinal do Ministério da Saúde) a vacinação em crianças em
comunidades endêmicas, crianças que freq6uentam creches e pacientes portadores
de doenças crônicas do fígado. Os principais efeitos colaterais são dor no
local da injeção, febre e eventual dor de cabeça.
Achei muito bacana seu blog
ResponderExcluirRaquel, obrigda! volte sempre, siga no twitter e curta no facebook!
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