quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DST - HPV

HPV é a abreviatura de "Humam Papilomavirus",  o que significa Papiloma Humano também conhecido como Virus HPV, HPV Vírus, Condiloma Acuminado, Verruga Genital, Crista de Galo, Cavalo, Cavalo de Crista, Couve-flor, Jacaré E Jacaré de Crista.
Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como "crista de galo".
Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-abrasões (micro-traumas) da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intra-uterina).  

As lesões verrucosas não se distribuem uniformemente pela genitália. As áreas afetadas são diferentes, de acordo com o sexo.
No homem, o local do pênis mais acometido pelo HPV é a pele modificada do prepúcio (60% a 90%); no escroto, a incidência varia de 5% a 20% e na uretra, de 9% a 21%. Os homens podem apresentar verrugas assintomáticas, daí o fato de muitos homens conviverem com as verrugas por anos sem procurar algum tipo de tratamento. A infecção na mulher predomina na fúrcula, lábios menores, clitóris, lábios maiores e períneo. Tanto no homem quanto na mulher, a área extragenital mais freqüentemente acometida é a região anal, enquanto podem ocorrer lesões também na cavidade oral.
Existe também a possibilidade de associação de verrugas genitais com outras infecções, como por exemplo: monilíase, em mulheres; gonorréia, sífilis e herpes no homem.
É mais comum em indivíduos com queda da imunidade, como ocorre em diabéticos, transplantados e pacientes com AIDS, entre outros.
Ao contrário do que ocorre na mulher, que apresenta a zona de transformação do colo uterino com predisposição acentuadamente maior para neoplasia do que outras áreas, na genitália masculina não há relação entre a localização da infecção pelo HPV e maior predisposição para a neoplasia. Em homens, a presença de excesso de prepúcio e fimose parece ser um fato modificador da incidência e do desenvolvimento das verrugas genitais pelo HPV.
No espaço subprepucial de indivíduos não circuncisados, observam-se condições ideais, como calor e umidade, para a proliferação das lesões genitais.
Constata-se correlação entre a promiscuidade sexual (vários parceiros diferentes) e a incidência do câncer do colo uterino, porém, hoje se sabe que a incidência de câncer genital é muito maior em mulher cujo parceiro é portador de infecção pelo HPV.

Fatores  de riscos são situações que predispõem a infecção pelo HPV e podem ser:
• Início precoce da relação sexual.
• Múltiplos parceiros.
• Fumo.
• Outras DST.
• Idade mais jovem .
• Imunossupressão (AIDS, corticoterapia, quimioterapia, imunossupressão).
• Excesso de prepúcio, com ou sem fimose, e balanite de repetição.
• Quanto ao uso de anticoncepcional estudos evidenciam a maior incidência de câncer do colo uterino, porém não da infecção pelo HPV.

O método mais simples de detecção do HPV é a observação das verrugas genitais a olho nu. Entretanto, estima-se que apenas 1% dos pacientes com infecções pelo HPV apresentam condilomas típicos (verrugas visíveis) e que a grande maioria dos casos são subclínicos, portanto, assintomático, o que muitas vezes dificulta um diagnóstico .
O diagnóstico das infecções subclínicas baseia-se principalmente no exame de Papanicolaou ou citopatológico e na Genistoscopia, que se utilizam de reagentes e lentes de aumento.
Outros métodos, como biópsia dirigida e biologia molecular, são utilizados na identificação da infecção, sendo que o PCR ou a  captura híbrida utilizados principalmente nos casos de infecções recorrentes e persistentes para identificação do DNA HPV, proporcionando um melhor direcionamento na conduta a ser adotada com este paciente, tratamento ou apenas controle.

O tratamento do HPV pode ser feito através de diversos métodos, cada um com suas limitações e com variados graus de eficácia e aceitabilidade por parte do paciente. Estes métodos podem ser divididos em químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos.
Seu médico deverá orientá-lo sobre o melhor tratamento para seu caso, entretanto o uso de preservativos é mandatário e apoio psicológico pode ser necessário para orientar o diálogo com parceiros e a compreensão correta do problema.  
Como não existe tratamento definitivo para os vírus em geral, o combate a esse tipo de microorganismo depende muito do sistema imunológico de cada um. Em relação ao HPV são inúmeras as modalidades de tratamento, cada qual com suas características de ação e efeitos colaterais. Sendo assim fica claro que nenhuma delas pode ser considerada como terapêutica única e ideal.
Felizmente a maioria dos pacientes que entram em contato com o HPV tem a capacidade de eliminá-lo espontaneamente, desse modo apenas uma porcentagem das pessoas infectadas irão ser submetidas aos tratamentos propostos. Alguns pacientes irão permanecer com o vírus na forma latente, e outros imunologicamente mais comprometidos irão permanecer com a infecção clínica recorrente.

Já chegaram ao Brasil as vacinas para prevenir a infecção pelo HPV.
Há uma centena de tipos de HPV, mas a maioria das infecções é causada por apenas quatro deles. As versões 16 e 18 do vírus são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os HPV 6 e 11 respondem por 90% das verrugas genitais.
Fabricada pelo laboratório Merck Sharp & Dhome, a Vacina Quadrivalente (Gardasil) contra o HPV protege contra quatro tipos do vírus – 6, 11, 16 e 18 -, que são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo de útero e por 90% das verrugas genitais e está indicada em mulheres entre 9 e 26 anos de idade.
Fabricada pelo laboratório GSK , a Vacina Bivalente (Cervarix), também chamada de Vacina contra HPV oncogênico da GSK, protege contra os vírus 16 e 18.
Segundo informações dos fabricantes, "As vacinas demonstraram alta eficácia contra as infecções incidentes e persistentes, contra as anormalidades citológicas e o desenvolvimento histológico de NIC associados ao HPV-16 e ao HPV-18". Em ambas, a idade recomendada da vacinação é a mesma.
Os fabricantes apresentam pesquisas suficientes que mostram uma proteção duradoura nas mulheres vacinadas para o risco de câncer de colo do útero. Solicitamos que entre em contato com seu médico pessoal para saber as vantagens da vacina contra HPV.

Cancro é a consequência mais grave da infecção por HPV, e vários tipos, de entre os quais o 16, 18, 31 e 45, são considerados de risco elevado para o desenvolvimento de cancro. Os tipos de cancro que estão em alguma medida associados com o HPV incluem cancro do colo uterino, do ânus, da vulva, do pénis e da cabeça e pescoço. Destes, o mais importante (no sentido em que foi aquele em que se encontrou uma maior taxa de correlação com a infecção) é o cancro do colo do útero, considerando-se que 95% dos casos, ou até mais, são devidos ao HPV.
A transformação em células malignas é um processo lento, e ocorre em pessoas que têm uma infecção persistente durante muitos anos. Contudo, esta infecção pode não estar associada a manifestações como condilomas, o que justifica a realização de testes de rastreio regulares.

É transmitido pelo sexo oral. O tratamento também deve ser realizado pelo parceiro (a). O uso de preservativos durante toda a relação é a melhor forma de prevenção. 





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