quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Doenças Crônicas não Transmissíveis - parte III Diabetes

Segundo a Diabetes Control and Complications Trial  (DCCT): O diabetes mellitus, popularmente conhecida apenas por DIABETES, é um distúrbio do metabolismo que afeta primeiramente os açúcares (glicose e outros), mas que também tem repercussões importantes sobre o metabolismo das gorduras (lípides) e das proteínas. Muita gente pensa que o diabetes é uma doença simples e benigna, um probleminha banal de "açúcar alto no sangue". Na verdade, infelizmente não é bem assim. O diabetes é uma disfunção que, se não tratada e bem controlada, acaba produzindo, com o correr do tempo, lesões graves e potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas e até amputações de membros. Por outro lado, quando bem tratado e bem controlado, todas essas complicações crônicas podem ser evitadas e o paciente diabético pode ter uma vida perfeitamente normal. 

Os tipos mais comum de diabetes são: 
Diabetes tipo I (DM1): é caracterizada pela destruição das céulas produtoras de insulina. Essa destruição faz com que o organismo deixe de produzir ou produza uma quantidade muito pequena de insulina, sendo assim necessário que os portadores de DM1 façam uso de injeções diárias de insulina (insulino-dependentes) para regularizar o metabolismo do açúcar. Não se sabe ao certo porque as pessoas desenvolvem DM1, é mais comum em pessoas com menos de 35 anos mas pode surgir em qualquer idade.
Altos níveis ou níveis mal controlados de glicose podem causar os seguintes sintomas: fome frenquente, sede constante, perda de peso, fraquesa, fadiga, nervosismo, náusea, vômito e mudanças de humor.
Diabetes tipo II (DM2): possui um fator heredtário maior que o DM1 mas também tem grande relação com obesidade e sedentarismo. Diferente do DM1 é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Nesse tipo de diabetes há uma produção contínua de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. a DM2 responde ao tratamento com dieta e exercícios físicos as vezes necessitando de medicamentos orais e por fim, combinação com insulina. Seus principais sintomas são: aumento de sede, aumento do númro de micções (principalmente a noite), dores no membros inferiores, infecções frenquentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose.
Diabetes Gestacional: é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez, pode resistir ou continuar depois do parto. 

Fatores de risco: 
  • Idade maior ou igual a 45 anos
  • Histórico familiar de diabetes
  • Sedentarismo
  • HDL-c baixo ou triglicéris elevado
  • Hipertensão arterial
  • Doença coronariana
  • Filhos com peso maior que 4Kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida
  • Uso de medicamentos que aumentam a glicose (cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta bloqueadores)
Dentre os fatores de risco existe um que merece uma atenção especial: Pré-diabetes!
Pré-diabetes é o termo utilizado para identificar as pessoas que tem risco potencial de desenvolver diabetes. É uma forma ou estágio intermedário entre a normalidade e o DM2 no adulto. A melhor maneira de identificar um pré diabético é através da dosagem de glicemia. Sua definição laboratorial dá-se quando a taxa de glicemia de jejum (mínimo de oito horas) encontra-se entre 100 e 125 mg/dl e/ou quando o valor de glicemia na segunda hora do teste de sobrecarga oral à glicose (também chamado de curva glicêmica) está entre 140 e 199 mg/dl (indivíduos classificados também como intolerantes à glicose). 
É importante ressaltar que nem todos os individuos com pré´diabetes nem todos desenvolvem a doença e pessoas que adquirem novos hábitos no estilo de vida - como a atividade física regular resultando na diminuição de 5 a 7% no peso corporal - ajudam a, no mínimo, retardar o aparecimento do diabetes. 

Portadores de diabetes quando seguem o tratamento e fazem controle de glicemia conseguem ter uma vida absolutamente normal. Cuide-se! 
Converse com seu médico. Você também pode mandar as suas dúvidas para esse blog.

2 comentários:

  1. HOje no site da revista Veja matéria que fala que os homens têm maior risco de desenvolver Diabetes tipo II, confira:
    http://veja.abril.com.br/noticia/saude/homens-tem-maior-risco-de-desenvolver-diabetes

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  2. Fisioterapia e Diabetes:
    http://www.facafisioterapia.net/2009/11/fisioterapia-e-diabetes.html

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