sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O uso de nanotecnologia a favor da medicina

Várias pessoas hoje nas redes sociais estão comentando sobre a matéria publicada no UOL no dia 16 de janeiro desse ano sobre uma estudante de 17 anos que descobriu a cura do câncer
De acordo com a matéria: "Conforme publicação do site Daily Mail, uma jovem de apenas 17 anos pode ter descoberto a cura para o câncer... O projeto da jovem consiste na utilização de nanopartículas para identificar as células cancerígenas, as quais podem ser enviadas ao centro dos tumores quando combinadas com uma droga à base de salinomicina. Depois de terem se “prendido” às células doentes, através de ressonâncias magnéticas, essas nanopartículas permitem que os médicos saibam exatamente onde estão ou poderão se formar os tumores."


Acontece que o que essa jovem descobriu já não é assim tão novo. A nanotecnologia já vem sendo estudada como opção de tratamento ao câncer há muito tempo. Existem estudos no mundo tudo, inclusive no Brasil.


O próprio site UOl publicou em 2009 um artigo, originalmente publicado na Scientific American, com o título Namomedicina no tratamento do câncer . No artigo os autores (James R. Heath, Mark E. Davis e Leroy Hood) dizem que: "Certos tratamentos para o câncer, que agora estão sendo considerados como nanopartículas, já existem há algum tempo e ilustram algumas vantagens básicas dessas partículas para se atingir células tumorais, enquanto minimizam os efeitos nos tecidos sadios. A doxorrubicina lipossomal, por exemplo, é um composto quimioterápico tradicional, dentro de uma cápsula de lipídeo, que tem sido usado para o tratamento do câncer ovariano e do mieloma múltiplo. A versão da droga revestida por lipídio apresenta muito menos toxicidade para o coração que a doxorrubicina sem revestimento, embora um novo efeito colateral tenha sido observado, a toxicidade da pele.
Novas nanopartículas, como por exemplo a IT- 101, que já passaram pela fase I dos testes clínicos de segurança para humanos, apresentam maior complexidade que lhes confere múltiplas funções. A IT-101 é uma partícula de 30 nm, formada por polímeros unidos à pequena molécula de camptotecina, que é muito semelhante a duas drogas quimioterápicas aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration): irinotecan e topotecan."

Em 2010 a revista IstoÉ publicou uma matéria que fala sobre o uso da nanoteconologia. O artigo mostra o uso de nanotecnologia em outras terapias, não só no câncer, como diabetes Leishmaniose e entupimento de vasos sanguíneos além de mostrar vários estudos sobre o assunto. 

Em 2005 já se falava sobre o assunto e vários estudos já estavam em andamento como pode ser visto no site Inovação Tecnológica.

A ideia desse post não é de forma alguma desmecerer o estudo ou tirar os créditos da jovem, mas sim mostrar que não se pode acreditar em tudo aquilo que se lê por ai. 

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