segunda-feira, 19 de março de 2012

Dependência

Segundo o Código Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial de Saúde (OMS), dependência é definida como:

"Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, á dificuldade de controlar o consumo, á utilização persistente apesar das suas consequências nefastas, a uma maior prioridade, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a uma estado de abstinência física. A síndrome de dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, ao álcool ou o diazepam), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes."

Ainda segundo a OMS a dependência é caracterizada pela presença de três ou mais do eventos relacionados abaixo, por um determinado período de tempo durante um ano.
  • Forte desejo ou compulsão por usar a substância
  • Dificuldade em controlar o consumo da substância, em termos de inicio, término e quantidade
  • Presença de síndrome de abstinência ou uso da substância para evitar o aparecimento da mesma
  • Presença de tolerância, evidenciada pela necessidade de aumentar a quantidade para obter o efeito anterior
  • Abandono progressivo de outros interesses ou prazeres em prol do uso da substância
  • Persistência no uso apesar de diversas consequências danosas.

As duas principais formas em que a dependência se apresenta, ou os principais tipos de dependência, são a dependência física e psicológica mas, existem outros tipo também.
O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas, por exemplo, desenvolveu um programa de ajuda as pessoas dependentes de internet e tecnologia. Você pode conhecer mais sobre esse trabalho aqui.

Durante essas semana esse blog vai falar sobre os tipos de dependência e também sobre algumas substâncias que podem causar dependência, acompanhe! 

terça-feira, 13 de março de 2012

Prozac

Ficha Técnica
Nome: Prozac
Principio ativo: Cloridrato de Fluoxetina
Classificação: Antidepressivo - Inibidor  Seletivo da Recaptação de Serotonina
Apresentação: Caixa com 7, 14 ou 28 cápsulas de 20mg; caixa com 14 ou 28 comprimidos de 20mg; frasco com 70ml (20mg/5ml)
Fabricante: Eli Lilly

Descoberto em 1972 já causou polêmica quando o laboratório, com a finalidade de promover o produto, publicou um artigo que dizia que esse era o primeiro Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina (SSIR), sendo que na verdade o primeiro medicamento dessa classe foi a Zimelidina. 
Depois da sua aprovação pela FDA em 1987, da retirada do mercado de outros dois medicamentos da mesma classe do mercado devido aos efeitos colaterais e de uma forte campanha de marketing do fabricante, o Prozac passou a ser um dos antidepressivos mais popular do mundo. Em 2006 foi o terceiro antidepressivo mais receitado.
O nome Prozac tornou-se tão popular que várias pessoas se referiam a outros medicamentos, qualquer antidepressivo, com esse nome. Seu nome aparece em título de filme, título de livros e nomes de música. O medicamento foi por muito tempo conhecido como a pílula da felicidade, ou como diziam nos final dos anos 80 e nos anos 90: "a felicidade ao alcance das mãos". 
Em 1996 a Folha de São Paulo publicou no Caderno Mais um artigo com o título: "A Ressaca do Prozac e os Milagres da Fala" que compara os efeitos do Prozac e da psicanálise no cérebro humano. Em 2004 ainda era assunto, e foi tema de uma matéria na revista Super Interessante cujo título era: "A Felicidade Reinventada". Hoje ainda é muito receitado pelos médicos, inclusive para pacientes sem depressão. Muitas pesquisas ainda são feitas em torno desse medicamento e muito ainda vai se ouvir falar dele. 

A Fluoxetina é indicada para depressão maior, bulimia nervosa e transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Também pode ser indicado para transtorno bipolar e síndrome do pânico. Age inibindo a recaptação de serotonina, aumentando as concentrações extracelulares do neurotransmissor serotonina ao inibir sua recaptação pelo neurônio pré- simpático e o nível de serotonina livre para se ligar aos receptores pós-simpáticos. Ou seja, maximiza a ação da serotonina. 
Possui bem mesmo efeitos colaterais que os antidepressivos tricíclicos, tendo como principais efeitos colaterais náuseas, falta de apetite, insonia e perda a libido. 
Tem sua absorção diminuída com a ingestão de alimentos e de maneira alguma deve ser usado concomitantemente com inibidores da MAO pois essa combinação pode ser fatal. Tem seu metabolismo aumentado pela aspirina e esteroides. Não deve haver o uso concomitante com álcool.



segunda-feira, 12 de março de 2012

Victoza

Ficha técnica


Nome: Victoza
Principio ativo: Liraglutida
Apresentação: Embalagem com 2 sistemas de aplicação pré-preenchidos com 30 doses de 0,60mg ou 15 doses de 1,2mg ou 10 doses de 1,8mg.
Laboratório: Novo Nordisk


Da noite para o dia o medicamento ficou famoso depois de ser matéria de capa da revista Veja em setembro de 2011. E com a fama veio a polêmica. O medicamento estava em todos os jornais, nas conversas de sala de espera dos consultórios, nos corredores dos hospitais. 
Pacientes portadores de Diabetes começaram a reclamar da falta do medicamento devido ao aumento de procura por pessoas querendo emagrecer, teve gente que entrou numa fila de até 4 meses para conseguir o medicamento. Hoje, 6 meses depois, o medicamento não é mais o assunto do momento, o fornecimento está normalizado e a procura já não é assim tão "desesperada".
Mas afinal de contas, o que é esse medicamento de que tanto se falou?


Segundo informações do fabricante a Liraglutida é recomendada para tratar diabetes tipo 2. Pode ser usado em conjunto com outros medicamentos para diabetes, como a metformina.
A Liraglutida  ajuda o corpo a reduzir seu nível de açúcar no sangue somente quando ele estiver muito alto. Também reduz a velocidade de passagem da comida pelo estômago. A liraglutida tem duração de ação de 24 horas e melhora o controle da glicemia (nível de açúcar no sangue), reduzindo a glicemia em jejum e pós-prandial (após as refeições) de pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
A Liraglutida imita o imita o hormônio LGP-1, produzido no intestino, responsável pela sensação de saciedade e pela regulação metabólica. 
Os efeitos colaterais mais comuns são náuseas e diarréia que podem durar até 6 semanas. Também pode causar hipoglicemia. Alguns estudos mostraram poder causar pancreatite e distúrbios da tireoide.


Mesmo sendo indicado para diabetes tipo 2, muitos endocrinologistas receitam o medicamento ao seus pacientes para tratar obesidade. 
O que disse a ANVISA sobre o assunto pode ser visto aqui.